Uma chance ao acaso

Estava eu a caminhar
como num dia qualquer;
Sem flores no caminho,
a chutar pedriscos;
Distraido e alheio
ao mundo que nos rodeia;
Perdido
nos afazeres diários;
Repentinamente fui tomado
tragado e figado de meu mundo;
Por um breve e doce encanto
sua marca indelével
suave perfume no ar
Um leve sorriso
marcado na memória
Então pensei,
Por que não dar uma chance ao acaso ?

Mais uma peça
que minha imaginação
furtivamente insiste
me importunar,
como se a tortura
já não fosse suficiente.
Por que não dar uma chance ao acaso ?
Você nem imagina o que sinto por dentro.
Quisera eu voltar no tempo.

( por Ricardo Napoli )